Ramones


Os Ramones são considerados a primeira banda de verdade do punk rock e muitos creditam a eles a criação do estilo. O primeiro show da banda com a formação clássica original (Joey, Johnny, Dee Dee e Tommy) foi em 16 agosto de 1974, meses depois da estreia problemática como um trio.

Este é o possível mapa do primeiro show dos Ramones como os conhecemos:


Características marcantes da história dos Ramones:
• O grupo começou como um trio, com Joey na bateria, Johnny na guitarra e Dee Dee no baixo e tentando cantar. Na primeira apresentação, teve mais briga do que música e ficou claro que eles precisavam praticar mais, como músicos e como banda. Ficaram 5 meses treinando, Tommy entrou como baterista e Joey passou para os vocais.
• Joey (Jeffrey Hyman), Johnny (John Cummings), Dee Dee (Douglas Colvin) e Tommy (Thomas Erdelyi) não tinham qualquer parentesco entre si. Adotaram o sobrenome “Ramone” inspirados em Paul McCartney, dos Beatles, que às vezes se hospedava nos hotéis como “Paul Ramon”.
• Ficaram famosos e influenciaram muitas bandas de Rock, mas ganharam pouco dinheiro.
• Seus integrantes tiveram problemas recorrentes com drogas e álcool.
• Gravaram 17 álbuns e fizeram mais de 2200 shows, praticamente excursionando e se apresentando sem parar por 22 anos até a banda se separar.
• Todos os quatro membros originais já faleceram (entre 2001 e 2014).

O mapa reflete as condições problemáticas: Vênus, regente do Ascendente (identidade e vida), está peregrina; a Lua, indicadora da parte emocional, também está peregrina e sob os raios do Sol; Mercúrio, regente da Casa 2 (grana) está peregrino e combusto; Saturno, regente da Casa 10 (carreira) e da Casa 11 (ganhos com o trabalho) está em queda. Mesmo Júpiter, regente da Casa 12 (autossabotagem, vícios) está domiciliado, mas na Casa 12 e retrógrado… quem se salva é o Sol, domiciliado em Leão e regendo a Casa 5 (criatividade e legado para o mundo).

Ramones e Sex Pistols foram minhas primeiras bandas punk favoritas na adolescência. Quando os Ramones vieram ao Brasil no início de 1987, não pensei duas vezes e fui ao show no Palace, na região de Moema, em São Paulo. Foi meio estranho: naquela época era raro ter banda internacional que viesse ao Brasil e o Palace era um lugar chique, que só recebeu o show de Rock porque a chuva forçou a mudança do Anhembi para lá. O lugar estava cheio de gente com roupa preta, cabeças rapadas ou com moicano, gente agitada e beligerante, tudo destoando da decoração do lugar. Mas eu queria mais era ver ao vivo aquela que era uma das minhas bandas preferidas, então nem o ingresso caro nem as estranhezas me desanimaram.

Finalmente os caras entraram no palco, começaram a tocar… e foi uma decepção para mim: o som era uma maçaroca só, não dava para distinguir baixo de bateria nem de guitarra, e isso tudo encobria o que o Joey cantava. Só dava para identificar que tinha acabado uma música e começado outra porque em alguns momentos alguém gritava “One, Two, Three, Four” na fração de segundos em que eles paravam os instrumentos e o Joey fechava a boca.

Show nota mil em energia, nota 1 em qualidade de som. Até hoje não sei quais foram as músicas tocadas. Coisas dos poucos shows internacionais pré-históricos no Brasil da década de 80. Mas que ilustrou bem como eram os Ramones: crus, rápidos, furiosos, nem sempre compreendidos, mas indiscutivelmente marcantes. E inquestionavelmente punk: faça você mesmo, viva intensamente, ainda que acabe logo.

Para terminar, vamos com uma música que tem muito a ver principalmente com os quatro membros originais: I Want to Live (https://www.youtube.com/watch?v=VAyhzKfZb7c)

Valeu e até a próxima!

Cao (Claudinèi Dìas)

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